Entre, leia e ouça-me...

domingo, 2 de junho de 2013

O Libertino

Meu coração está engaiolado
Quer transbordar num voo!
Mas prenderam-no em meu peito
Mas por que este desplante?

Façam-me uma toracotomia!
Libertem o coração libertino!
Deixem, pois, ele partir!
Deixem...
Deixem que ele se derrame naquela esquina...
Deixem que ele faça serenatas naquela janela...
Deixem ele, taquicárdico, ao penetrar naquele pequeno quarto....
Deixem ele imerso naquele lado do colchão...
Deixem ele escrever poesias e até pintar um quadro...
Deixem que ele faça as malas, que ele diga que finalmente encontrou uma paixão...
Deixem-no, deixem-no ir por aí, entregue aos quatro ventos...

(ele há de voltar para mim,
ele há de descobrir, enfim,
que não existe amor
que seja tão fácil
assim.)

Quem sou eu

Minha foto
Camille Lyra. O nome fala muito da feição, tanto na sua significância quanto na sua origem; já o sobrenome faz jus à escrita predileta da autora. Sempre curiosa demais, sonhadora demais, ambiciosa demais, romântica demais, intensa demais. E, daquilo que exceder tudo isso, faço poesia.