Entre, leia e ouça-me...

terça-feira, 12 de abril de 2011

Mea Maxima Culpa

Lágrima, lave esta lembrança
Junto com a face, leve a lembrança:
Meu arrependimento
Aquela dor
Que é também minha
Aquela ferida
Que não cicatriza também em mim
Embace os olhos, cegue-os,
Os corações já sofreram demais...

Por que não o esquecimento?
Mesmo que vazio, mas sem esta dor
Toda dor que alaga este silêncio
Arraza esta solidão
Corrói por dentro
Destrói aquele menino
Me destrói por isso

Ah, lave a esta tristeza
Aquela daquele menino
A sua que é também a minha
Latente
Silenciosa
Será que vai não ter fim?

Lave, leve esta morte, esta mea culpa
Porque me deixou aqui em vida desfalecida
Por terem levado um menino inocente,
Aquele menino inocente da minha sentença

E eu não me entreguei, levaram-no
Eu não me entreguei, levaram-no
E não restou-me sentença alguma
Mas morte, mea culpa
Mea culpa

Quem sou eu

Minha foto
Camille Lyra. O nome fala muito da feição, tanto na sua significância quanto na sua origem; já o sobrenome faz jus à escrita predileta da autora. Sempre curiosa demais, sonhadora demais, ambiciosa demais, romântica demais, intensa demais. E, daquilo que exceder tudo isso, faço poesia.