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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Mãos Estendidas

As suas mãos trêmulas, como concha que estivesse
Acima daqueles olhos seus, suplicantes.
Olhos sofridos, em sua tão jovem face;
Cravados, fundos, distantes ...

Seu rosto encardido, a poeira de uma curta história.
Lameado: o resultado de capítulos desventurados.
Seria melhor poder inventar uma simples paródia;
Que escondesse todos os versos famintos e surrados.

As suas palavras sujas de pobreza (tristeza),
Pedindo por novas estrofes trocadas no bolso.
Só quer fugir de seu conto, pobre conto faminto;
Só quer fingir, como criança que é, que não é verdade....

Clamava, gritava.
Onde estava quem iria dizer que não se pode fugir da verdade ?
Onde estava quem iria mudar sua realidade ?
Quem não acha melhor negar à criança o direito de sorrir ?

O brilho, querendo nascer depois da dor.
A esperança, querendo sobreviver à dor.
Seus traços tristes, esperavam por um favor:
Suas mãos estendidas, pediam por uma nova poesia do Autor ...

Por Camille Lyra


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Quem sou eu

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Camille Lyra. O nome fala muito da feição, tanto na sua significância quanto na sua origem; já o sobrenome faz jus à escrita predileta da autora. Sempre curiosa demais, sonhadora demais, ambiciosa demais, romântica demais, intensa demais. E, daquilo que exceder tudo isso, faço poesia.