Entre, leia e ouça-me...

sábado, 16 de junho de 2012

Carta a uma Desconhecida

Não sabes meu nome,
mas eu sei o teu,
sei o teu nome
e tomei de ti teus sonhos,
teus amores,
teu coração.

Não te peço, pois, perdão.
Peço-te um sorriso
que jamais eu hei de ter,
um brilho novo no olhar
que eu jamais eu hei de sentir.
Peço-te que eu seja a tua maior inimiga,
se teu caminho tornar-se mais excelente,
Peço-te que eu seja a tua melhor amiga,
se houver qualquer coisa em mim que lhe faça bem.
Peço-te que me vejas sorrir feliz,
e saibas sê-lo melhor do que eu.
Peço-te que me vejas chorar,
e saibas ser mais forte do que eu.
Peço-te que me vejas nua,
e saibas ter a alma mais bela do que a minha.
Peço-te que não me esqueças
que eu seja tua marca profunda,
tuas lágrimas, teu grito, tua dor:
que eu seja o teu fim...

Um dia, hei de ser,
então,
nada mais
do que o sinal
do teu recomeço,
Desconhecida.

Nada mais justo.

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Quem sou eu

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Camille Lyra. O nome fala muito da feição, tanto na sua significância quanto na sua origem; já o sobrenome faz jus à escrita predileta da autora. Sempre curiosa demais, sonhadora demais, ambiciosa demais, romântica demais, intensa demais. E, daquilo que exceder tudo isso, faço poesia.