Entre, leia e ouça-me...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Eram, Uma Vez, Inseparáveis...

Toda hora era hora de brincar e de cantar e de rir:
Bricavam de boneca, de adoleta e de pular corda;
E cantavam sorrindo e mergulhando nas melodias;
E riam das coisas bobas, das coisas sérias, das coisas insanas;

Quando então, veio o vilão da história:
Dizem que o nome dele é Distância,
Dizem que o nome dele é Saudade,
Dizem que o nome dele é Tristeza;

Ora, o que o vilão fez foi levar embora;
E ficou sozinha, uma criança, tadinha;
Não, nunca antes ela precisara de lágirmas;
Ingênua, sem saber o que era dar adeus...

-Ah vilão, o coração da criança pequena,
Não deveria sofrer, então não leve, para ficar um pouco mais;
Não deveria doer, então deixe aqui, para brincar um pouco mais;
Não deve esquecer-se daquilo que foi bom, para se amar muito mais:

Deixe estar, vilão,
Que ser poeta é ainda ser criança também...



Para Rachel Branco


2 comentários:

  1. Nossa é muito bacana ver seu talento de aperfeiçoando.
    Estão cada vez ficando mais lindos!

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  2. Quando uma pessoa talentosa se aperfeiçoa, notamos que em cada obra ela deixa sua marca, sua assinatura pessoal. E a sua assinatura?

    Você é pura emoção. Em geral, seus textos são escritos com intensidade, carregados de subjetividade. Parabéns!

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Quem sou eu

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Camille Lyra. O nome fala muito da feição, tanto na sua significância quanto na sua origem; já o sobrenome faz jus à escrita predileta da autora. Sempre curiosa demais, sonhadora demais, ambiciosa demais, romântica demais, intensa demais. E, daquilo que exceder tudo isso, faço poesia.