Entre, leia e ouça-me...

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Do Título

"Por agora vemos como espelho, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. "
Engraçado isto: eu parei, logo hoje, pra escrever sobre o meu Espelho Embaçado. Logo hoje, lenta Segunda depois do fim de semana. Claro, eu disse que já passou. E já passou mesmo, mas não posso dizer que não me marcou. Talvez você ache da maior idiotice eu ter me sentido assim, ou então, menos provavelmente, você concorde comigo; mas, independente das opiniões alheias, eu conto a história:
Eu tinha planejado meu fim de semana para que eu pudesse fazer um pouquinho de tudo. Encaixadinho, como sempre. A programação era estar 12h30 na festa de uma grande amiga, N,- porque ninguém é melhor que ninguém pra mim- e estar no Luau que eu estava ajudando a organizar com outros adolescentes da minha igreja. O horário era apertado, mas eu sairia 16h20 de Camboinhas para estar às 16h50 em Niterói.
Claro que nada deu certo. É sobre Camille que estamos falando. E sabe o que é pior de tudo ?
- Eu só precisei de 5 minutos para fazer um estrago monumental:
É, eu tive a estúpida ideia de jogar N na piscina. Era aniversário dela, oras, isso era, na hora, perfeitamente aceitável meu ver. Claro que eu estabanada, participando da comitiva encarregada de lançá-la na piscina, caí antes e depois dela cair também. Só que nós nos esquecemos de uma coisa: os celulares. O meu e o dela estavam em nossos bolsos.
Pois é, ao invés de dar presente, eu tiro o celular da garota. No dia do aniversário dela. E só para melhorar, eu estrago o celular que meu pai tinha mandado consertar havia uma semana. 150 reais jogados no lixo - ou na piscina se você preferir-. Com essa confusão, eu também me atrasei para o Luau e a responsabilidade, que mais uma vez me faltou, eu não pude estar lá 17h ,tinha fracassado.
Cheguei em casa, meus pais brigaram comigo, e eu estava proibida de ir ao Luau. Foi nessa parete que eu chorei, e chorei muito. Como eu podia ser tão despreszível assim ? Caramba, se o mundo dependesse de mim, ele provavelmente já teria explodido em caos. Eu sou a plena expressão do que significa a palavra " desastre ". Isso tudo eu concluí em mais ou menos uma hora de autocríticas.
Quando eram umas 18h, outra grande amiga, R, veio pegar o que o pessoal tinha esquecido de levar antes para o Luau, já que eu mesma estava proibida de sair. Quando ela viu minha cara inchada e branca, ela deve ter se dado conta que eu ou estava morta, ou estava muito mal.
Então, eu conversei com ela e ela me acalmou, disse que eu estava sendo exigente demais, que eu era muito exagerada, que eu não tinha estragado também o Dia das Mães da minha mãe e me aconselhou que eu convesasse com meus pais.
Foi o que eu fiz.Conversei/chorei mais ainda com eles, e eles me entenderam! Para minha supresa, me disseram que eu fosseao Luau. Então eu cheguei lá, com a cara de zumbi mais feliz que eu consegui esboçar.  Fiz o meu trabalho, curti as músicas e, como sempre, e delirei com a vista da praia - mais tarde, quem sabe, vocês entenderão tudo que essa praia significa para mim-.
Enfim, depois parei para pensar um pouco. Percebi que eu preferiria mil vezes ter jogado a N na piscina de novo; do que se eu tivesse passado uma metade da festa dela sumida com o meu namorado e, na metade em que aparecesse, estar perto dela com o meu namorado fumando e bebendo... como aconteceu. E ainda tive que ouvir "dane-se ela e o celular, ela que também te empurrou na piscina.", legal é que a pessoa que falou isso é uma amiga minha também. Mas até que em parte ela estava certa.
Uma coisa que R me disse e que eu já tinha ouvido antes: " Aquele que mais erra, muito ama; mas aquele que é pouco perdoado pouco ama. "Não que eu vá sair errando mundo afora, não. Errei, e me arrependo. Chorei, tive raiva de mim, mas aprendi a lição. Errar, todos erram, né ? " Você é humana, Camille, não se esqueça disso.", ela disse também;e u achei que fazia sentido.
...mas o que é que isso tudo tem a ver com título?
-Ah, sim. Bom, é porque eu amo meu Pai, minha família, meu coração, meus amigos que eu criei um espelho. Isso, um espelho onde eu pudesse ver em mim e no que me rodeia aquilo que é bom e aquilo que machuca - e então mudar - , e também para que as pessoas vissem que eu sou tão ou mais surtada do que pareço. Amar é a maior de todas as loucuras....
E esse espelho é embaçado mesmo: quem sou eu para ser dona de alguma verdade? Aqui são os meus olhos vendo a minha reflexão a respeito dos fatos. Os seus podem sim ver outras coisas, que até tenham sido propositadamente implícitas por esse espelho. Mas essa parte de descobrir os mistérios deixo a vocês!

5 comentários:

  1. (...)
    E aqui estamos nós.
    Finalmente.
    Mas que grande aventura, não?

    (;

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  2. Saiba que a N ficou muito, muito brava com você na hora, mas como já te disse, sou explosiva, não guardo mágoas nem consigo. Quando disseram aquilo , sobre você ter me jogado e quebrado meu celular, logo deveria te deixar pra lá, eu pus a mão na cintura, olhei pra ela e disse: 'E o que tem? Ela é minha amiga!' e sai de lá. Nossa, você sabe que eu te amo né? E por mais que eu goste dela, como assim vou deixar que falem desse modo a seu respeito? Não tem cabimento!
    Camille, só tive tempo para ler o 'Do Título' que por sinal faz referencia a uma ótima obra, diga-se de passagem. Logo, posso prever que seu blog será tão maravilhoso quanto!
    Estou ansiosa para acabar a leitura e comentar em TODOS os textos!
    Ok, não em todos, que eu não sou de ferro, hahaha mas na maioria!

    Te amo muito!

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  3. Ah, amor, eu sei disso !
    ;)
    Obrigada, mesmo por ver uma amiga em mim, apear das minha trapalhadas !
    Eu amo muito você, garota !
    E é por isso que eu desejo cada vez mais ser menos inconveniente- e mais prestativa- .. ;)

    beijão, minha lindinha ! xD

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  4. Que a escritora ressuscite! Venha a vida LYRA, Camille!!!

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Quem sou eu

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Camille Lyra. O nome fala muito da feição, tanto na sua significância quanto na sua origem; já o sobrenome faz jus à escrita predileta da autora. Sempre curiosa demais, sonhadora demais, ambiciosa demais, romântica demais, intensa demais. E, daquilo que exceder tudo isso, faço poesia.